Afinal o que siginifica o termo Gourmet? Muitos acham que é ingredientes diferentes para coisas do dia-adia so que em pouca quantidade. Sera? Podemos tirar nossas conclusões agora. Em uma entrevista com a Chef Isabela Cordaro podemos ver o que
realmente significa o termo “gourmet” quando
vemos que hoje tudo que levar tal denominação, acompanhe a entrevista.
Isabela Cordaro é personal chef e trabalha também com eventos. Pós graduada em História
e Cultura da Gastronomia pelo Senac, formou-se em Hautes Études du Goût pela
Universidade de Reims Champagne-Ardenne e estudou também cozinha francesa no Le
Cordon Bleu, Londres. Adora coxinha, brigadeiro e bolovo desde que não
sejam gourmets.
Gourmet quer dizer
que uma comida é mais chique? Melhor?
No sentido original do termo significa que a comida pertence à alta
gastronomia, que ela é mais nobre, com alguma origem específica ou que algum
ingrediente é mais raro e, por isso, mais caro. Mas não necessariamente é
melhor que um ingrediente do dia a dia que encontramos por aí, depende muito do
seu uso. Essa palavra tem sido usada hoje em dia também como uma forma de fazer
distinção social entre comidas de “alto nível” e as que não são, e tem muita
gente se aproveitando disso.
E como eu
sei se alguma coisa é mesmo gourmet?
O termo gourmet indica muito a
procedência do alimento, principalmente na Europa, onde ele valoriza a
denominação de origem. Então é legal dar uma olhada na origem do
ingrediente/alimento, ver se quem está por trás é um pequeno produtor ou uma
multinacional querendo valorizar o produto, se utilizam ingredientes de
excelência e principalmente, se há uma identificação cultural. Se for algo
muito esdrúxulo, como maionese, pode ser um golpe.
E por que
está essa onda gourmet agora?
De uns anos para cá, gourmet passou a
ser associado aos produtos premium, que é uma categoria luxuosa de consumo para
as classes mais altas. Nada mais é que um truque publicitário para transformar
produtos corriqueiros em especiais. Com isso, veio a confusão e a
“gourmetização” de tudo: passou-se a colocar o título gourmet no rótulo para
valorizar, tentando vender não apenas um produto, mas uma experiência. Mas
nessa gourmetização geral, vemos muitas invenções que acabam não fazendo
sentido e que são gourmets só no rótulo.
E esses
tais de food trucks, o que têm a ver com isso? Qual é a diferença deles para os
carrinhos de cachorro quente?
Com a aprovação da lei 15.947/2013 que permite a
venda de comidas de rua em São Paulo, em 2013, alguns chefs, cozinheiros e
estudantes recém saídos das faculdades de gastronomia, passaram a se apropriar
da tradicional comida das barraquinhas de rua características das grandes
metrópoles, para poder criar essa experiência, utilizando o rótulo gourmet e
podendo cobrar mais caro por isso. Alguns realmente usam uma salsicha especial
do fornecedor “x” ou um molho artesanal com ingredientes orgânicos, por
exemplo, tendo que realmente cobrar algumas vezes mais no prato, pois eles
pagam mais por esses ingredientes. Outros só se aproveitam do termo gourmet
para agregar esse valor mas continuam com a mesma salsicha que o vendedor comum
utiliza, que conhecíamos antes. Além disso, o “food truck” acaba sendo um
investimento mais barato que um restaurante e. portanto, uma alternativa mais
viável para quem pensava em começar um negócio. Sem falar que ainda temos o
espetáculo, a imagem do chef de cozinha como uma estrela, o suposto glamour da
profissão, que pode garantir esse refinamento e a publicidade necessária
atribuída ao nome gourmet.
Qualquer um
pode fazer comida gourmet? Ou tem que ser formado numa faculdade francesa?
Para mim, usando ingredientes que sejam
realmente gourmets, com domínio da técnica correta para prepará-los e
respeitando-os, qualquer um pode fazer uma comida gourmet.
Esse
negócio de gourmet não é só frescura, não? Não é desculpa para cobrar mais
caro?
No modelo que encontramos hoje em dia,
especialmente em São Paulo, sim, acaba sendo visto como uma frescura e gera
muitas invenções bizarras e duvidosas, funcionando mais como uma desculpa para
agregar um valor inexistente ao produto por meio do rótulo. Acredito que
cabe ao consumidor questionar e se informar para checar se não está comprando
“gato por lebre”, já que essa onda gourmet promete não acabar tão cedo.
Fonte: http://meexplica.com/2014/11/o-que-e-gourmet/
Agora sei o que é o tal gourmet!
Conclusão!
Então podemos concluir que os donos de
restaurante não podem sair por ai colocando nome “gourmet” em seus pratos e até no nome do restaurante, pois a
partir desse momento os cozinheiros e proprietários vão ter de mostrar por que
o prato que leva o nome é gourmet, qual o ingrediente que o diferencia dos
demais, o que os torna sofisticados e outros particularidades.
Por isso deve-se pensar duas vezes
antes de fazer tal ato, pois esse nome pode mostrar a seus clientes se você faz
jus ao nome em questão ou apenas faz de conta para chamar clientes.
Boa tarde pessoal, aproveitem bem o conteudo do blog.
ResponderExcluir